Payout: Aprenda a usá-lo na hora de investir

Quem tem interesse na área de investimentos precisa conhecer o payout, uma importante métrica usada para avaliar empresas. Afinal, quem investe sabe o quanto é fácil ver o seu dinheiro “evaporar” por conta de análises mal feitas ou escolhas equivocadas. E ninguém quer amargar prejuízos, não é mesmo?

Para que isso não aconteça, investidores devem ficar atentos para entender se uma determinada aplicação está rendendo valores ou sendo um mau investimento. É justamente aí que entra em cena o payout. Ele te ajuda a descobrir se o seu dinheiro está dando bons resultados.

Entender o que é payout e como encaixá-lo nas suas estratégias de investimento pode ser um divisor de águas na sua vida financeira. Quer saber mais? Então, continue com a gente e aprenda como tirar o melhor proveito dessa métrica!

Primeiro, vamos falar sobre dividendos

Para falar de payout, precisamos relembrar o que é o dividendo. O termo é utilizado para representar um determinado valor “extra” que os investidores recebem de uma empresa que participa da Bolsa de Valores.

Ou seja, esse dinheiro é parte do lucro líquido da companhia. Caso ela passe por uma crise ou prejuízo, não haverá dividendos para os seus investidores, que perdem também em situações como essas.

Para esclarecer ainda mais, imagine que você tem sociedade com uma marca de roupas. Todos os meses, ela vende muito bem e, por isso, você está obtendo cada vez mais lucros. Assim, o valor recebido é reinvestido ou mantido no bolso dos sócios.

Para as empresas que possuem os seus capitais abertos especificamente na Bolsa de Valores, o mesmo acontece: elas podem distribuir os lucros no decorrer do mês ou usar de outras formas, que são as mais diversas possíveis.

No entanto, as empresas que participam da Bolsa de Valores devem, por obrigatoriedade, fazer a distribuição de lucros em um determinado percentual. Outro detalhe importante é que os valores pagos podem variar conforme a empresa, o bimestre, o ano, e assim por diante.

E payout, o que é?

Agora, vamos para o nosso tema principal. O payout é a parte do lucro que uma empresa distribui aos seus acionistas no final de um período. Em outras palavras, quanto do lucro vai para os investidores.

Para garantir que isso aconteça, é importante que o estatuto da empresa estabeleça uma porcentagem específica para o payout.

Se o estatuto não definir essa porcentagem, a Lei das SAS determina que pelo menos 25% do lucro líquido seja distribuído aos acionistas.

Payout ajustado

Alguns investidores já ouviram e leram em algum lugar o termo “Payout ajustado”. Trata-se de uma expressão comumente utilizada no mercado de investimentos.

Como o lucro líquido ajustado e o payout possuem relação direta, essa relação dá origem ao termo “payout ajustado”. Ou seja, estamos falando do lucro após o pagamento de taxas e obrigações, como impostos, por exemplo.

Como calcular o payout?

Vamos supor que, em um determinado mês, um estabelecimento obteve um lucro líquido de R$120 mil. Deste valor, R$80 mil foram mantidos em caixa, enquanto R$15 mil foram investidos em melhorias. Os R$25 mil restantes serão compartilhados entre os proprietários da empresa.

A fórmula para calcular o payout é a seguinte:

Payout (%) = Total de dividendos da empresa (R$) * 100 / Lucro líquido da empresa (R$)

Usando o exemplo mencionado, temos:

Payout = R$ 25 mil * 100 / R$ 120 mil

Payout = 20,83%

Portanto, o payout dessa empresa é de 20,83%. Isso significa que aproximadamente 20,83% do lucro líquido será distribuído aos sócios.

Payout x número de ações

Existe uma relação direta entre o payout e o número de ações que o investidor possui. Quanto mais ações ele tiver em um cenário positivo, maior será o lucro final recebido.

Para entender ainda melhor, vamos acompanhar o seguinte exemplo:

Imagine que uma concessionária de veículos possui 20 ações disponíveis no mercado. Se o lucro líquido a ser distribuído é de R$30 mil e a concessionária tem 20 ações, cada detentor de uma ação receberá R$1.5 mil em dividendos – esse é o montante por ação.

Em termos simples, as empresas dividem o valor total dos dividendos a serem distribuídos pelo número de ações em circulação.

Neste exemplo: R$30 mil (total a ser distribuído) / 20 (quantidade de ações em circulação) = R$1.5 mil por ação.

Na prática, considerando este exemplo, aqueles que possuem uma ação receberão R$1.5 mil em dividendos. Da mesma forma, aqueles que possuírem duas ações receberão R$3 mil, e assim por diante.

Em outras palavras, os investidores receberão quantias proporcionais às suas ações.

Conclusão

Como destacamos no decorrer deste conteúdo, o payout é uma métrica de grande importância para auxiliar investidores.

No entanto, é preciso entender quais dividendos estão realmente compensando antes de investir, pois da mesma forma que o payout ajuda nos ganhos, quando usado erroneamente pode trazer grandes prejuízos.

Quer saber mais sobre o mercado de investimentos? Então, não vá embora em antes conferir outro artigos valiosos aqui no blog!

Written By

Lettícia Hermann

Formada em Comunicação Social com ênfase em Publicidade e Propaganda Lettícia atua como redatora especialista em produção de textos e artigos para web. Com sua habilidade em simplificar tópicos complexos Lettícia capacita os leitores a tomarem decisões financeiras bem fundamentadas e sua expertise é reconhecida e seus artigos têm sido elogiados por sua praticidade e clareza.