Quiet Quitting: O que é, Como evitar e Por que acontece?

Sabe aquele profissional que não “veste a camisa” da empresa e se limita apenas a cumprir as atividades básicas da função? E, mesmo assim, ainda faz tudo lentamente, sem compromisso com resultados? Esse modo de operar tem nome – quiet quitting – e traz impactos significativos no mundo corporativo, como você vai descobrir ao longo deste artigo.

Quiet quitting é o mesmo que demissão ou saída silenciosa. Para as empresas, trata-se de uma postura laboral preocupante, pois demonstra falta de engajamento dos colaboradores e influencia a equipe de trabalho negativamente.

Por outro lado, também é uma forma de protesto dos trabalhadores contra as rotinas exaustivas e estressantes adotadas nas empresas. A prática ganhou espaço após a pandemia de Covid-19, devido ao crescimento do trabalho home office, longe da fiscalização dos supervisores.

Continue com a gente para descobrir como e por que o quiet quitting acontece, além de conferir dicas de como evitar essa tendência negativa nas empresas!

Por que o quiet quitting acontece nas empresas?

A chegada da geração Z (nascidos entre 1996 e 2012) ao mercado de trabalho e o desejo por um ambiente laboral mais saudável e sem sobrecarga. Estes são os principais motivos que levam colaboradores a praticar o quiet quitting. No entanto, nem sempre eles querem realmente uma demissão silenciosa. Entenda a seguir.

Para evitar o adoecimento no trabalho

Fazer apenas o que é seu dever e não se sujeitar a cargas horárias extenuantes também é uma forma de preservar a saúde física e mental, evitando a Síndrome Burnout, por exemplo.

Não é raro observar trabalhadores que levam serviço para casa, atendem telefonemas ou conferem e-mails e mensagens de aplicativos de comunicação fora do expediente. Essas práticas comprometem o descanso e, consequentemente, o bem-estar e a qualidade de vida do profissional.

Pessoas adeptas ao quiet quitting perceberam a importância de cuidar da saúde mental e física. Por isso, se limitam a cumprir o que foi acordado com seus superiores nas horas combinadas, sem exageros e sem pressão.

Os limites estabelecidos entre o ambiente de trabalho, a vida pessoal e a família são muito bem definidas, resultando em maior equilíbrio para a vida profissional conforme a rotina de cada um.

Para protestar e gerar uma demissão

Em outros casos, o movimento quiet quitting é uma espécie de contestação, especialmente quando o colaborador não pode pedir demissão e buscar um novo emprego.

Empresas que não se atentam para esse cenário podem perder grandes talentos e serem obrigadas a investir em processos seletivos para atender às demandas internas.

Como lidar com o quiet quitting na prática?

O principal objetivo do Quiet quitting é demonstrar insatisfação dos colaboradores com diversas questões do ambiente de trabalho.

Ao identificar a prática, as empresas precisam tomar decisões importantes, visto que ela pode influenciar outros colaboradores, comprometendo o engajamento e a produtividade.

Além disso, o clima organizacional também pode ficar comprometido e tornar a retenção de talentos um grande desafio.

Veja, a seguir, algumas mudanças que os gestores devem adotar para evitar a desistência ou demissão silenciosa!

1. Incentive hábitos saudáveis

Essa questão vai além das pequenas pausas para descanso, distribuição justa e organizada das tarefas para evitar a sobrecarga, pois é preciso se preocupar com a saúde em sua integralidade.

Por isso, promover autoconhecimento, redução da carga de estresse e melhor gestão dos conflitos é fundamental para uma rotina laboral mais saudável.

Incentivar os hábitos da alimentação saudável, da prática de esportes e do descanso noturno fará uma grande diferença para reduzir o número de adeptos ao quiet quitting.

2. Acolha as demandas do trabalhador

É importante escutar e acolher as reclamações dos colaboradores para entender seus motivos e, assim, buscar soluções em conjunto.

Estreitar os laços é fundamental para estabelecer uma relação de confiança e, por conseguinte, evitar as reclamações com terceiros, o que pode motivar ações como a demissão silenciosa.

3. Cuide do clima organizacional

Os conflitos com o chefe imediato, a falta de colaboração e engajamento das equipes, e as condições de trabalho desfavoráveis são uma porta aberta para o surgimento do quiet quitting.

Por isso, é importante que os gestores de RH estejam atentos às demandas internas e criem estratégias para promover um clima organizacional pacífico.

Conclusão

O quiet quitting é um movimento que traz prejuízos às empresas, mas pode e deve ser evitado.

Como? Ao se criar condições laborais que promovam a produtividade sem comprometer a saúde física e mental do trabalhador.

Assim, é possível evitar conflitos internos e a perda de talentos opostos à cultura de que “o trabalho é mais importante do que qualquer coisa”.

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Written By

Lettícia Hermann

Formada em Comunicação Social com ênfase em Publicidade e Propaganda Lettícia atua como redatora especialista em produção de textos e artigos para web. Com sua habilidade em simplificar tópicos complexos Lettícia capacita os leitores a tomarem decisões financeiras bem fundamentadas e sua expertise é reconhecida e seus artigos têm sido elogiados por sua praticidade e clareza.