Depois de entender como funciona o financiamento de carro em 60 meses, a dúvida mais importante surge: essa é mesmo a melhor escolha para você? A resposta depende de vários fatores como sua situação financeira, urgência para ter o carro, tolerância a juros e objetivos de médio prazo. Neste post, você vai encontrar uma análise clara e direta sobre quando o financiamento em longo prazo é vantajoso — e quando é melhor buscar outras soluções como consórcio, leasing ou compra à vista com negociação estratégica.
Quando o Financiamento em 60 Meses Vale a Pena?
1. Você precisa do carro imediatamente
Se você depende do carro para trabalhar ou sua rotina depende de locomoção própria, o financiamento é a única forma de ter o carro na hora, mesmo sem dispor do valor total.
2. Seu orçamento permite o comprometimento mensal
Quando a parcela representa até 30% da sua renda líquida, e há estabilidade no emprego ou fonte de renda, o risco de inadimplência é controlado.
3. Consegue boas taxas com entrada maior
Bancos como Santander e Bradesco Financiamentos oferecem taxas mais competitivas para clientes com bom histórico e entrada superior a 30%. Nesses casos, o custo total pode se tornar viável mesmo em 60 meses.
Quando Não Vale a Pena Financiar em 60 Meses
1. Você tem capital guardado e pode comprar à vista com desconto
Muitas concessionárias dão até 10% de desconto no pagamento à vista. Se você possui o valor ou parte dele aplicado em CDBs com baixo rendimento, vale considerar liquidar e evitar juros.
2. Seu perfil é conservador e avesso a endividamento
Mesmo com parcelas pequenas, juros compostos acumulados em 5 anos podem dobrar o valor original financiado. Se a ideia de pagar quase dois carros por um incomoda, esse caminho não é o ideal.
3. Planeja trocar de carro em menos de 3 anos
Se sua ideia é trocar de carro antes de terminar o financiamento, pode cair na chamada “armadilha da dívida rolante”: quitar um saldo devedor alto para financiar outro veículo, criando um ciclo de endividamento.
Dica Extra: A Nova Estratégia Híbrida

Pouco abordada em sites comuns, a estratégia híbrida combina o melhor dos dois mundos. Funciona assim:
- Faça uma entrada entre 40% e 50% com capital próprio.
- Financie o restante em até 36 meses (não 60), para reduzir CET.
- Negocie taxa diretamente com o gerente (bancos como Itaú ou BV permitem isso).
- Use parte da economia em juros para um seguro de proteção financeira, garantindo tranquilidade.
Essa abordagem reduz custo, encurta o prazo e mantém parcelas acessíveis — com menos risco.
Qual é a Melhor Opção Para Você?
- Financiamento em 60 meses é ideal para quem precisa do carro imediatamente, tem boa estabilidade financeira e consegue negociar boas taxas.
- Consórcio é para quem pode esperar, não quer pagar juros e prefere um modelo de médio prazo.
- À vista é a melhor opção em termos de economia, desde que você tenha o valor disponível ou acesso a crédito barato (como antecipação de investimentos).
Passo a Passo: Como Fazer um Financiamento de Carro em Até 60 Meses Sem Entrada
Você chegou até aqui porque entendeu que o financiamento em até 60 meses sem entrada é ideal para pessoas que:
- Não possuem valor disponível para entrada;
- Precisam de um carro com urgência;
- Querem financiar o valor total (100%) do veículo em até 5 anos.
Então, chegou a hora de conferir o passo a passo para dar entrada no seu financiamento o quanto antes!
1. Verifique se o seu perfil é elegível para financiamento sem entrada
Antes de procurar o carro, você precisa entender se instituições financeiras aprovariam um crédito de 100% do valor do veículo para você. Os principais critérios analisados são:
- Score de crédito (preferencialmente acima de 650)
- Renda compatível com o valor do carro e da parcela (usualmente, parcela ≤ 30% da renda líquida)
- Histórico de dívidas ou inadimplência
- Tempo de emprego ou estabilidade profissional
💡 Dica: Use sites como o Serasa eCred, Bom Pra Crédito ou simule diretamente no Banco PAN para saber se você se enquadra, sem impactar seu score.
2. Escolha instituições que permitem 100% de financiamento
Nem todos os bancos aceitam financiamento sem entrada. Abaixo, algumas opções que oferecem essa possibilidade:
- Banco PAN – Um dos mais flexíveis, inclusive com análise online e aprovação rápida.
- Santander Financiamentos – Possível financiar 100% com boas condições para quem é correntista.
- BV Financeira – Oferece crédito com ou sem entrada, especialmente para carros com até 5 anos de uso.
- Itaú AutoFinanciamento – Tem parcerias com grandes concessionárias e pode financiar 100% com boas taxas para clientes com conta corrente.
📝 Importante: Financiamentos sem entrada tendem a ter taxas maiores. Compare o CET (Custo Efetivo Total), e não apenas a taxa de juros mensal.
3. Escolha o carro certo para o seu perfil de crédito
Evite buscar carros acima da sua capacidade de financiamento. Use esta fórmula:
Renda líquida mensal x 0,30 = Parcela ideal
Em um financiamento de 60 meses, a parcela representa cerca de 2% a 2,5% do valor total do veículo.
📌 Exemplo: Se você ganha R$ 5.000 por mês, sua parcela ideal seria até R$ 1.500. Isso equivale a um carro de R$ 60.000 a R$ 75.000 financiado sem entrada.
4. Separe a documentação necessária
Mesmo sem entrada, o banco exigirá documentação completa. Providencie:
- Documento de identidade e CPF
- Comprovante de residência (últimos 3 meses)
- Comprovantes de renda (holerite, pró-labore, extrato bancário ou declaração de IR)
- CNH (para quem irá conduzir o veículo)
💡 Autônomos ou MEIs devem apresentar movimentações bancárias ou DAS pagos.
5. Simule o financiamento com diferentes prazos e bancos
Utilize simuladores confiáveis e faça pelo menos três comparações. Veja abaixo onde simular:
⚠️ Atenção: simulações que pedem seu CPF podem afetar o score se forem feitas em excesso. Use ferramentas com análise prévia sem impacto.
6. Negocie diretamente com a concessionária ou vendedor autorizado
Algumas concessionárias têm acordos especiais com bancos, oferecendo condições melhores. Negocie:
- Taxa de juros
- Seguro prestamista incluso (opcional)
- Carência de 30 a 90 dias para a primeira parcela
💡 Às vezes, a concessionária cobre a entrada no valor de avaliação do carro usado, caso você tenha um veículo para troca.
7. Leia atentamente o contrato e verifique o CET
Antes de assinar, analise:
- Taxa de juros mensal e anual
- Valor total pago no final do financiamento
- Condições para quitação antecipada (sem multa)
- Inclusão de seguros obrigatórios ou ocultos
Evite contratos com cláusulas abusivas ou “seguros empacotados” sem consentimento.